O primeiro utilitário esporte
Outro segmento que conquistava adeptos entre os brasileiros era o de utilitários esporte derivados de chassi de picapes, como o Ford Explorer e o Toyota Hilux SW4. Com a S10 sendo desenvolvido, nada mais natural para a GM que trazer também a Blazer, que seria o primeiro utilitário esporte nacional, se não se considerar a Bonanza.
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Se a S10 estava sendo nacionalizado, por que não também a Blazer? A GM ousou e foi bem-sucedida ao oferecer uma opção aos utilitários esporte importados |
Com projeto aprovado ainda em 1993, ela chegava em novembro de 1995 e impressionava pelo estilo: a frente harmoniosa da S10 havia ficado ainda melhor nesse formato de perua, com cinco portas (o de três nunca foi oferecido aqui), linhas bem proporcionadas e o jeito imponente que caracteriza esses veículos. As versões eram as mesmas, sendo a superior denominada DLX.
A Blazer acenava ainda com bom nível de equipamentos, incluindo um console de teto com bússola digital, porta-óculos e porta-objetos, e amplo compartimento de bagagem (456 litros). A GM havia estudado a solução de duas portas para acesso a ele, abrindo-se uma para cada lado, como em furgões de carga, mas acabou por manter a porta única com abertura para cima. Como na S10, o estepe ficava na parte traseira, sob o assoalho.
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Neste esboço da Blazer brasileira, uma idéia não aprovada: duas portas para acesso à bagagem, com articulação vertical |
Com o mesmo motor 2,2 de 106 cv, a reação inicial a Blazer não foi das melhores. Com o peso adicional e a natural expectativa do comprador de um veículo familiar em relação ao desempenho, suas respostas ao acelerador decepcionavam, ainda mais com um pedal de curso longo, que acentuava a impressão de lerdeza.
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