:: Classificados    :: Contato Youtube
Cab Vortec 1
  :: Home    :: O Clube    :: História da S10/Blazer    :: Agenda Cab Vortec 2 :: Parceiros    :: Imagens    :: Vídeos    :: Produtos  
 
História da S10/Blazer  


Ciclone e tufão


Os nomes não poderiam ser mais adequados. Syclone (assim mesmo, com S em vez de C, pois Cyclone era registro da Mercury, divisão Ford) e Typhoon, ou ciclone e tufão em inglês, foi como a GMC, divisão da General Motors americana especializada em utilitários, denominou as versões de alto desempenho da picape Sonoma e do utilitário esporte Jimmy, na ordem -- correspondentes na linha Chevrolet ao S10 e ao Blazer, em geração anterior à que temos aqui.

O GMC Syclone foi um dos modelos de maior sofisticação técnica: motor 4,3-litros turbo, tração integral permanente, freios com ABS nas quatro rodas, 280 cv

O primeiro Syclone apareceu como estudo no Salão de Detroit em janeiro de 1989. Todo em branco, era derivado do GMC S-15 (S10 Americana) e utilizava o motor V6 de 3,8 litros do Buick Grand National, com turbocompressor e 270 cv, e tração traseira. A GMC divulgava aceleração de 0 a 96 km/h em menos de 6 segundos, quarto-de-milha em 14 s e... que não havia intenção de produzi-lo em série. A receptividade ao conceito, porém, a levou a mudar de idéia, anunciando já em novembro, no SEMA Show, que o colocaria no mercado.

Lançado em outubro de 1990, o Syclone de produção era derivado do Sonoma, (anteriormente GMC S-15) e construído pela empresa Production Automotive Services (PAS), em Troy, Michigan. Havia recebido um motor de maior cilindrada -- nosso conhecido Vortec 4.3 V6, também com turbo e resfriador de ar. A injeção multiponto e os pistões vinham do V8 do Corvette. Seus 280 cv de potência e 49,7 m.kgf de torque eram transmitidos às quatro rodas por uma tração permanente com acoplamento viscoso (repartição em 35% à frente e 65% à traseira, podendo variar conforme a aderência) através de um câmbio automático de quatro marchas, também do Corvette.

Depois do ciclone, o tufão: derivado da versão GMC do antigo Blazer, o Typhoon tinha desempenho de supercarro e uma estabilidade até surpreendente pelas características de chassi e suspensão

Os números de aceleração eram brilhantes: de 0 a 96 km/h em 4,6 segundos e quarto-de-milha em 13,4 s, mais rápido que um Corvette ZR-1 ou um Ferrari 348ts -- e que qualquer picape até então disponível de fábrica. Em abril de 1991 era anunciado o utilitário esporte Typhoon, com o mesmo motor mas 90 kg mais pesado, que por isso conseguia números pouco piores no cronômetro: de 0 a 96 km/h em 6,5 segundos. Era mais sofisticado por dentro e possuía molas a ar na suspensão traseira, para um rodar mais suave.


 

 

 

 

No interior dos dois modelos, instrumentos do Pontiac Sunbird GT, volante de couro e alavanca de Corvette para o câmbio automático.
O Syclone, na foto, tinha volante diferente e bancos em tecido

O Syclone era oferecido apenas na cor preta, enquanto o Typhoon oferecia várias outras. Com acabamento monocromático, chamavam a atenção. A suspensão era rebaixada em 50 mm nos dois eixos e endurecida, a direção tornava-se mais rápida, os freios ganhavam sistema antitravamento (ABS) nas quatro rodas e os pneus eram Firestone Firehawk 245/50 em rodas de 8 x 16 pol. Para utilitários de chassi independente e eixo traseiro rígido, o comportamento dinâmico surpreendia.

Versão de cinco portas da Blazer só apareceu em 1991, tornando-a mais atraente às famílias; a tração 4x4 já oferecia comando elétrico

Por dentro, ostentavam os instrumentos do Pontiac Sunbird GT, bancos mais envolventes e volante revestido em couro (também os bancos no Typhoon). Havia equipamentos como rádio/toca-CDs com equalizador gráfico, controle remoto de travamento das portas, alavanca de câmbio do Corvette e, no picape, uma cobertura rígida da caçamba, importante para evitar o efeito de "freio aerodinâmico" usual nesses veículos. Foram produzidos 2.998 Syclones, até julho de 1991, e 4.697 Typhoons, até 1993, o último destes guardado para um museu.

Ainda em 1991 chegava o Blazer de cinco portas, com maior distância entre eixos (2,71 metros), o que contribuiu para sua popularização entre as famílias. No ano seguinte a tração 4x4 e a reduzida ganhavam acionamento elétrico, por botões no painel, em vez de alavanca ainda preferida por alguns por sua confiabilidade. Em 1993 vinham o câmbio automático de quatro marchas e a árvore de balanceamento para o motor V6, que passava a 165 cv.

     
Anterior   Próximo
     
 
Banner
Banner
Designer