A estréia da Blazer
Peruas derivadas de picapes eram algo habitual desde o início do século. A própria Chevrolet produzia desde 1935 o Suburban, com base em seus chassis de utilitários. Mas aliar esse conceito às dimensões compactas da S-10 tinha um apelo de novidade que certamente iria agradar. Nascia ali a Blazer então S-10 Blazer, pois o nome "Blazer" já identificava um tilitário pesado da GM desde 1969.
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Então chamada de S-10 Blazer, o utilitário esporte médio da Chevrolet tinha três portas, entreeixos curto e a mesma mecânica da picape |
O primeiro modelo tinha três portas, entreeixos menor que a da S-10 (2,55 metros) e um grande vidro ligando a coluna central à traseira, como na Bonanza da GM brasileira (mais tarde seriam usados dois, um deles corrediço, para melhor ventilação). A porta traseira se abria em duas partes, a inferior para baixo e o vidro para cima. O apelo esportivo era realçado pelas rodas de alumínio, pintura em dois tons e elementos cromados.
Em 1984 a S-10 recebia seu primeiro motor diesel. Sem tradição nesse tipo de propulsor de média cilindrada — para que poupar a tão barata gasolina? a GM voltou a recorrer aos
japoneses: o 2,2-litros de apenas 62 cv e 13,2 m.kgf, só com tração traseira, era o mesmo do LUV da Isuzu. Outras novidades, que incluíam a Blazer, eram a oferta de suspensão fora-de-estrada, mais alta, com amortecedores pressurizados da Bilstein alemã, e comando hidráulico da embreagem, que a deixava mais macia.
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A cabine estendida, a tração integral e os motores 2,0 e 2,5 a gasolina e 2,2 a diesel ampliaram rapidamente o leque de ofertas da S-10 americana |
Em 1985 o motor 2,0 dava lugar ao "Iron Duke" (duque de ferro, em alusão ao bloco e cabeçote de ferro fundido) de 2,5 litros e 92 cv, com injeção eletrônica monoponto (TBI, throttle
body injection, injeção pelo corpo de borboleta). Nada mais era que uma evolução do conhecido 151 de nosso Opala.
Em 1986 o motor V6 adotava a injeção, passando a 125 cv, ao mesmo tempo em que as opções 1,9-litro e diesel eram descontinuadas.
Em 1987 o S-10 ganhava opção de câmbio automático de três marchas, muito apreciado pelos americanos também em picapes. No ano seguinte chegava um motor hoje bem conhecido aqui: o "Vortec" 4.3 V6 litros, então com injeção monoponto e 150 cv. Era praticamente o lendário V8 de 5,7 litros com dois cilindros a menos. Sistema antitravamento (ABS) para os freios traseiros era introduzido em 1989, junto de novo painel (com mostrador digital, opcional) e o acabamento Cameo, com suspensão esportiva, anexos aerodinâmicos e bancos individuais de encosto alto.
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No final da década de 80 o S-10 ganhava potência e apelo esportivo: tinha o motor V6 4.3, então com 150 cv, e opções de suspensão especial e bancos individuais |
Em 1988, o câmbio manual passava a ter cinco marchas, a potência do 2,5-litros subia para 105 cv e surgia a versão Baja, com pára-choque de impulsão, estrutura de caçamba, faróis auxiliares. A linha S-10 tornava-se realmente "quente" na linha 1991, com o lançamento da versão esportiva Syclone, da GMC, seguida no ano seguinte pelo Typhoon. Com turbocompressor no V6 4,3, atingiam 280 cv. |